Polícia Federal: Major morador de Colatina é suspeito de integrar milícia digital e atacar urnas

A cidade de Colatina, se vê envolvida em uma operação de grande escala da Polícia Federal. O alvo é o major Angelo Martins Denicoli, morador local, que está sob suspeita de participação em atividades ilícitas, incluindo ataques virtuais e tentativas de desestabilização do Estado Democrático de Direito.

De acordo com informações divulgadas pela Polícia Federal, a operação denominada ‘Tempus Veritatis’ tem como objetivo desarticular uma rede de indivíduos ligados a grupos que promoviam ataques virtuais a opositores políticos, instituições como o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), além de disseminar desinformação sobre a Covid-19 e as medidas sanitárias da pandemia.

O major Denicoli é apontado como um dos principais integrantes desse esquema, sendo parte de um núcleo dedicado à produção, divulgação e amplificação de notícias falsas e estudos que questionavam a lisura das eleições presidenciais de 2022. Segundo as investigações, esse grupo tinha como objetivo criar um ambiente propício para a execução de um golpe de Estado, estimulando seguidores a permanecerem na frente de quartéis e instalações das Forças Armadas.

Além disso, as autoridades revelaram que Denicoli estaria envolvido no uso da estrutura do Estado para obtenção de vantagens pessoais, como o uso de cartões corporativos para despesas pessoais. Ele também é apontado como tendo relação com o argentino Fernando Cerimedo, responsável por disseminar ‘fake news’ sobre o sistema eleitoral brasileiro.

Como parte das medidas cautelares, o major Denicoli está proibido de manter contato com os demais investigados, inclusive por meio de seus advogados, e não pode deixar o Brasil, tendo que entregar seu passaporte às autoridades até a manhã desta sexta-feira (9).

A operação ‘Tempus Veritatis’ continua em andamento, e o desenrolar das investigações será acompanhado de perto pela população de Colatina e de todo o país.

Angelo estaria ligado ao grupo que fazia uso da estrutura do Estado para obtenção de vantagens, como usos de cartões corporativos para pagamentos de despesas pessoais.

NÚCLEOS DE ATUAÇÃO.

Núcleo responsável por Incitar militares a aderirem ao golpe de Estado: Este grupo tinha como forma de atuação a eleição de alvos para amplificação de ataques pessoais contra militares em posição de comando que resistiam às investidas golpistas. Os ataques eram realizados por meio da difusão em múltiplos canais e influenciadores em posição de autoridade perante à “audiência” militar.

Núcleo jurídico: Responsável pelo assessoramento e elaboração de minutas de decretos com fundamentação jurídica e doutrinária que atendessem aos interesses golpistas do grupo investigado.

Núcleo operacional de apoio às ações golpistas: Coordenação e interlocução de membros em reuniões de planejamento e execução de medidas no sentido de manter as manifestações em frente aos quartéis militares, incluindo a mobilização, logística e financiamento de militares das forças especiais em Brasília.

Núcleo de inteligência paralela: Coleta de dados e informações para auxiliar a tomada de decisões do ex-presidente da República Jair Bolsonaro na consumação do golpe de Estado, incluindo monitoramento de figuras-chave como o ministro do STF Alexandre de Moraes.

Núcleo de oficiais de alta patente com influência e apoio a outros núcleos: Utilizando-se da alta patente militar que detinham, os membros agiram para influenciar e incitar apoio aos demais núcleos de atuação para a consumação do Golpe de Estado.

Moradores de Colatina ficaram surpresos com a notícia, muitos se manifestaram com preocupação, enquanto outros expressaram incredulidade diante das acusações contra um membro da comunidade local.

A operação ‘Tempus Veritatis’ continua em andamento, e o desenrolar das investigações será acompanhado de perto pela população de Colatina e de todo o país.

ES FALA: informações A Gazeta.

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